A derrota por 2 a 1 para o Athletic-MG, na última segunda-feira (23), na Serrinha, segue rendendo capítulos fora das quatro linhas. Inconformado com a atuação da arbitragem, o Goiás Esporte Clube formalizou um pedido de impugnação da partida junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), alegando “erro de direito”.
O ponto central da contestação gira em torno de um lance inusitado envolvendo o goleiro Adriel, do time mineiro. Durante a cobrança de uma falta ofensiva, ele se dirigiu à área do Goiás, e o árbitro Alexandre Vargas Tavares de Jesus entendeu que o atleta tentava retardar o reinício da partida, aplicando o segundo cartão amarelo e, consequentemente, expulsando-o de campo. No entanto, após recomendação do VAR, o juiz reviu a jogada e anulou a punição.
Para o Goiás, essa revisão fere o protocolo da arbitragem de vídeo. Isso porque, segundo as regras da FIFA e da CBF, o árbitro só pode utilizar o VAR para revisar cartões vermelhos diretos, gols, pênaltis e confusão na identificação de jogadores — e não para analisar o segundo amarelo, como ocorreu.

Amparado pelo artigo 259, parágrafo 1º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê a anulação de partidas em caso de erro de direito capaz de interferir no resultado, o departamento jurídico esmeraldino argumenta que a decisão da arbitragem foi irregular e influenciou diretamente o desfecho do confronto.
Apesar da vitória fora de casa, o Athletic segue na parte inferior da tabela, somando 10 pontos e ainda na zona de rebaixamento. A equipe mineira volta a campo no domingo (29), contra o Remo, sem o zagueiro Sidimar, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
Agora, resta ao STJD analisar o recurso goiano e decidir se o jogo será ou não anulado — o que pode mexer diretamente com o andamento da Série B.






